Inclusão Social

Em 2004 venceu o prazo dado pela Lei de Inclusão Social, para que empresas com mais de cem funcionários ocupem de 2% a 5% das vagas com deficientes. Muitas empresas conseguiram fazer acordos, através dos quais foi dado um prazo adicional de 2 anos para a adequação à legislação. Isso quer dizer que a partir deste ano, as empresas que não cumprem a lei estão sendo multadas. A multa é de pouco mais de mil reais por dia, por pessoa não contratada.

"A contratação de deficientes é uma questão que exige forte acompanhamento profissional junto às empresas. O departamento de RH tem uma grande responsabilidade nas mãos e precisa saber como direcioná-la", explica Andrea Goldschmidt, professora de administração da ESPM e sócia da Apoena Social, que presta consultoria em responsabilidade social focada no negócio.

O primeiro passo para que a contratação de deficientes aconteça de maneira positiva é enxergar o candidato em todas as suas habilidades e não em suas deficiências. Dessa forma, é possível avaliar onde suas aptidões poderão ser mais produtivas. "Não adianta contratar só para não levar multa e preencher a cota. Todo funcionário, deficiente ou não, tem que trabalhar e dar o melhor de si. Os deficientes só precisam da condição adequada", completa Andrea.

Partindo desse princípio, a Apoena Social realiza um trabalho completo de acompanhamento às empresas que buscam a contratação de deficientes. O trabalho é dividido em várias etapas:

1) Sensibilização: com palestras e workshops vivenciais – nos quais os funcionários trabalham por um período como se portassem algum tipo de deficiência (vendam os olhos ou andam em cadeira de rodas) – o objetivo é tornar o ambiente mais aberto para receber novos contratados com deficiência.

2) Mapeamento de cargos: avaliação dos cargos disponíveis e quais as deficiências que podem se adaptar a eles, por exemplo, um cargo de boy interno pode ser adequado para um deficiente auditivo, mas não para um deficiente visual.

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