imunologia
Novaretti M.C.Z et al
Artigo
Estudo de grupos sangüíneos em doadores de sangue caucasóides e negróides na cidade de São Paulo
1
Marcia C. Z. Novaretti
2
Pedro E. Dorlhiac-Llacer
3
Dalton A.F. Chamone
Apesar do fato de que o grupo de mulatos representa um dos mais comuns grupos raciais encontrados não só no Brasil, mas em vários outros países, existe pouca informação sobre a distribuição dos grupos sangüíneos nestes indivíduos. Foram estudados 2.462 doadores de sangue classificados como caucasóides, mulatos e negros conforme suas características antropológicas, bem como pela suas informações sobre seus ancestrais. Foram estudadas as freqüências fenotípicas para os sistemas de grupos sangüíneos ABO, Rh, P, Kell, Rh, Lutheran,
Lewis, Duffy e Kidd. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre negros e mulatos para a maioria dos sistemas de grupos sangüíneos por nós estudados, com exceção dos seguintes fenótipos: P1 positivo, Dccee, Le(a-b-), Js(a+b+), Js(ab+), Fy(a-b-), Fy(a+b+) e Fy(a-b+). Por outro lado foi observada uma diferença estatisticamente significante entre caucasóides e negróides para os seguintes fenótipos eritrocitários: A, B, M+N-S+s-,
M+N-S-s+, P1 positivo, ddccee, Dccee, Dccee, DCCee, DccEe, K+k+,
K-k+, Kp(a-b+), Kp(a+b+), Js(a-b+), Js(a+b-), Le(a-b+), Le(a-b-), Fy(ab+), Fy(a+b+), Fy(a-b-), Jk(a+b-), Jk(a+b+) e Jk(a-b+). Os resultados encontrados para o grupo mulato foram intermediários entre caucasóides e negros, com forte influência negróide.
Rev.bras.hematol.hemoter., 2000, 22(1):23-32
Palavras-Chave: grupos sangüíneos, estatística, doadores de sangue/dados numéricos
Introdução
migração interna. Estas migrações ao longo do tempo contribuíram para um alto percentual de miscigenação (2 ) fazendo da população brasileira única do ponto de vista antropológico.
Apesar do fato de que os Mulatos (resultantes da mistura entre