Imunologia
Luiz Fernando Pereira Bicudo Costa Rosa1 e Mauro W. Vaisberg2 O estudo da relação entre o exercício e a resposta imune, tendo como principais áreas de interesse o estudo da infecção de vias aéreas superiores em atletas submetidos a grandes esforços, o exercício como modelo de estresse e a resposta do treinamento como resposta adaptativa frente a situações de estresse.
É adequado dividir a resposta ao exercício em resposta aguda, resposta transitória ao estresse e resposta de adaptação crônica, na qual o treinamento capacita o organismo a lidar com o estímulo estressante de maneira mais adequada. O exercício de intensidade moderada, praticado com regularidade melhora a capacidade de resposta do sistema imune, enquanto o exercício de alta intensidade praticado sob condições estressantes, provoca um estado transitório de imunodepressão. O sistema imunológico é dividido em dois grandes ramos: o sistema inato e sistema adaptativo. O sistema inato caracteriza-se por responder aos estímulos de maneira não específica; já o adaptativo caracteriza-se por responder ao antígeno de modo específico apresentando memória. O primeiro é composto por celular neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos , células natural Killer e por fatores solúveis: sistema complemento, proteínas de fase aguda e enzimas. O segundo é composto por células: linfócitos T e B e por fatores hormonais, as imunoglobinas. O exercício físico gera um desvio de estado de homeostase orgânica, levando a reorganização da resposta de diversos sistemas, entre eles o imune. Assim, o sistema imune vai sofrer modificações de acordo com o estímulo recebido. Os mecanismos que modulam a resposta imune ao exercício podem ser divididos em três grupos: Hormonais, metabólicos e mecânicos. Hormonais (principais): catecolaminas, cordisol, hormônio do crescimento e peptídeos opióides. Metabólicos e mecânicos: cita-se a glutamina, hipória, hipertermia e a