Imunohematologia

IMUNOHEMATOLOGIA ERITROCITÁRIA

A Reação Antígeno-Anticorpo e o
Complemento em Imunologia Eritrocitária

Especificidade: Os anticorpos são capazes de reconhecer pequenas diferenças nos antígenos e produzir uma reação específica, que é a soma das uniões mais fracas e não covalentes. O resultado é uma considerável energia de coesão. Reversibilidade: Os processos de eluição através do calor, modificação do pH e/ou da força iônica, solventes orgânicos etc, fornecem energia ao sistema dissociando o complexo AgAc. Equilíbrio e Afinidade: Quanto maior for a soma das forças de união, maior será a constante de equilíbrio de associação: afinidade do anticorpo pelo antígeno. Termodinâmica: A união Ag-Ac sempre provoca uma liberação de energia térmica, ou seja, ela é exotérmica. A reação de um anticorpo “frio” com seu antígeno é muito exotérmica e, nesse caso, a fixação do anticorpo sobre o antígeno é máxima em baixas temperaturas. A reação de um anticorpo “quente” com seu antígeno tem uma liberação de energia mais fraca que o anticorpo “frio” e apresenta melhor aglutinação a 37ºC.

O Complemento: o complemento “complementa” os efeitos específicos dos anticorpos e é um elemento essencial das defesas humorais. Atua na ativação do sistema imunológico, na lise de células alvo e na opsonização das células facilitando a fagocitose.

Via Clássica: Duas moléculas de IgG (IgG1 ou IgG3) ou uma de IgM, ligadas aos seus antígenos, fixam C1. Na sequência, geram a enzima “C3 convertase” que cliva C3 em C3a e C3b. Um fragmento de C3b ativa “C5 convertase” que promove a fixação até C9, provocando a lise celular. Outras moléculas de C3b ligam-se a membrana celular formando a “cobertura opsônica”, marcando as células para a fagocitose. Os diferentes constituintes do complemento só são eficazes após se ativarem mutuamente. A proteína C3 representa o acontecimento central nesse processo de ativação do sistema. Certas substâncias atuam diretamente sobre um