Imunifenotipagem

5127 palavras 21 páginas
A IMUNOFENOTIPAGEM NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS
LEUCEMIAS AGUDAS: UMA REVISÃO
Neiva Albertina da Silveira*, Sandra Mara Alessi Aristides Arraes**
Silveira NA, Arraes, SMAA. A imunofenotipagem no diagnóstico diferencial das leucemias agudas: uma revisão. Arq Mudi. 2008;12(1):5-14.
RESUMO. A leucemia aguda, doença maligna e progressiva, é dividida em duas categorias dependendo do tipo celular envolvido: a linfocítica (LLA) e a mielocítica (LMA), as quais são divididas em subtipos. Além destas, as leucemias agudas bifenotípicas e a indiferenciada são também observadas em alguns pacientes. A LLA é mais comum em crianças entre 3 e 7 anos de idade, podendo ocorrer também em adultos, enquanto a LMA é rara na infância. No
Brasil, estima-se que a leucemia aguda corresponda de 95 a 98% dos casos de doenças malignas em crianças e 70 a 80% dos casos de leucemia aguda são leucemias linfocíticas. O curso, o prognóstico e o tratamento destas doenças são dependentes do diagnóstico correto.
A classificação das leucemias hoje é baseada nos critérios morfológicos, métodos citogenéticos, citoquímicos e imunológicos como a imunofenotipagem. A imunofenotipagem é uma técnica especial para classificação das leucemias indiferenciadas linfóides ou mielóides, subclassificação de leucemias, identificação de leucemias bifenotípicas, monitoração de terapias e de doença residual mínima ou recorrente. Com a utilização da citometria de fluxo e de diferentes fluorocromos é possível identificar os múltiplos marcadores celulares presentes nestas patologias. Para caracterizar e diferenciar os tipos celulares nas leucemias agudas utiliza-se um painel mínimo de anticorpos. Por exemplo, a detecção de mieloperoxidase
(MPO), associada à CD13/CD33 (mielóide), CD79, CD22 e CD19 (células B), CD3 e CD7
(células T) identificam noventa e oito por cento das leucemias agudas. O objetivo deste trabalho foi relatar o uso da imunofenotipagem no diagnóstico diferencial entre as leucemias

Relacionados