Imprensa e censura na Ditadura Militar

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Censura e imprensa alternativa
Durante o período militar, alguns jornais, como O Estado de S. Paulo, ainda tentaram conservar sua autonomia, mas o governo passou a utilizar a figura do censor para monitorar a redação desses jornais, tentando manter o máximo controle possível sobre as informações veiculadas.
A censura aos meios de comunicação impressos tradicionais levou um grupo de profissionais a investir em outro filão, que passou a ser chamado de imprensa alternativa ou nanica e se tomou o principal meio de denúncia das barbaridades cometidas pelos militares. O idealizador e precursor da chamada imprensa alternativa foi o humorista Millôr Fernandes, que, em maio de 1964, produziu a revista Pif-Paf. A revista congregava um grande número de artistas, cuja obra no geral criticava os valores da sociedade burguesa e os excessos (perseguições políticas, desaparecimentos e relatos de tortura) do recém-instalado regime militar.
A publicação não durou muito. Apesar disso, o estilo cômico e crítico da revista inspirou o nascimento de O Pasquim, tendo no próprio Millôr Fernandes um de seus principais colaboradores.

Principais publicações da imprensa alternativa
Entre os veículos alternativos que circularam no período militar, três merecem destaque: os semanários Opinião, Movimento e O Pasquim, de circulação mensal.
• O Opinião foi fundado em 1972. Procurava congregar intelectuais que discutiam e criticavam as posições do governo e propunham formas de superar o regime existente. Um de seus principais colaboradores era o editor Fernando Gasparian.
• O Movimento era uma dissidência do Opinião, Nasceu em 1975, sobrevivendo até 1981. Seus repórteres acreditavam na necessidade de expor os problemas do governo e de criticar abertamente o regime autoritário.
• O Pasquim iniciou suas publicações em 1969, em plena efervescência política da repressão causada pelo AI-5, e foi o que mais dor de cabeça causou ao regime militar. Entre seus colaboradores se destacaram Henfil,

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