Importancia do período pré-socrático para o desenvolvimento da tradição filosófica
A concepção, o desenvolvimento e o impacto do período pré-socrático na tradição filosófica.
Filosofia é um conceito que abrange vários aspectos, portanto para defini-la é necessário apontar um direcionamento. Como orientação podemos tomar a definição dada por Marilena Chaui (filósofo brasileira) (pag 86. 1998) : "A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido". O objeto do presente estudo consiste em investigar qual foi o sentido e contribuição dos filósofos pré-socráticos para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica. Para tanto, é preciso fazer menção que o período cosmológico compreendeu do final do século VII ao final do século V a.C., quando a Filosofia se ocupava fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza.
Nas palavras de Marilena Chauí (pag 28. 1998): “É um momento de reflexão racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte, de modo que, ao explicar a natureza, a filosofia também explica a origem e as mudanças dos seres humanos”.
Como ensina Arcângelo R. Buzzi (pag 213. 2002). , No período pré-socrático a especulação filosófica estava voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas, por isso também é denominado como período naturalista.
A Filosofia nesse período está convencida que não existe a criação do mundo, isto é, nega que o mundo tenha surgido do nada (como é o caso, por exemplo, da religião judaico-cristã, na qual se apodera da convicção de que Deus criou o mundo de forma inexorável). Por isso, estudar esse período, implica valer-se de uma máxima que diz: “Nada vem do nada e