Implicação morais da prática da eutanásia

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A eutanásia, a par da temática da interrupção voluntária da gravidez, é um dos temas que mais debate e celeuma tem causado no seio da comunidade médica e na sociedade em geral, devido às suas implicações éticas e morais. Neste ensaio proponho uma abordagem às variantes da eutanásia e à maneira como esta é aplicada, com o intuito de entender se as diferentes práticas da eutanásia são moralmente aceitáveis ou não. Para esse efeito, irei analisar separadamente os diversos tipos de eutanásia e a partir daí irei definir a minha opinião, sobre se são moralmente aceites ou não.
Segundo C. Everett Koop, a palavra grega ‘eutanásia’ significa uma ‘morte feliz’ ou uma ‘morte bonita’ (eu – bem, mais thanatos – morte). Na atualidade, esta é compreendida como a prática intencional de terminar com uma vida humana, com o intuito de acabar com o sofrimento e a dor. Entende-se a eutanásia, a par do aborto legal, como um método em que a morte é a solução. Na definição de eutanásia é relevante diferenciar as suas variantes: voluntária, involuntária e não-voluntária. A eutanásia voluntária é praticada a partir do consentimento do paciente que deseja morrer. Na eutanásia involuntária, a pessoa que se mata é capaz de consentir a sua própria morte, mas não o faz, pelo que o ato de eliminar o sofrimento insuportável que esta sente, é considerado eutanásia involuntária. Em relação à eutanásia não voluntária, a pessoa não consegue distinguir a diferença entre a vida e a morte, como é o caso dos bebés com doenças incuráveis ou deficiências graves e pessoas que foram vítimas de graves acidentes ou que estejam já numa idade avançada, perdendo assim determinadas faculdades intelectuais e a compreensão da realidade.
Na definição de eutanásia é importante ressalvar que esta pode ser aplicada de duas maneiras: ativamente e passivamente. A eutanásia ativa é aplicada através de uma injeção letal ou pela ingestão de fármacos, que vão causar uma morte imediata no paciente. A eutanásia passiva por

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