IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO PROGRAMA SERTÃO SUSTENTÁVEL NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE FONSECA, MANAÍRA – PB

IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO PROGRAMA SERTÃO SUSTENTÁVEL
NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE FONSECA, MANAÍRA – PB

Eduardo de Figueiredo MAGRIN
Mestrando em Desenvolvimento Regional (UEPB) [e-mail] Ângela Maria Cavalcanti RAMALHO
Professora do Mestrado em Desenvolvimento Regional (UEPB) [e-mail] Sandro Damião Ribeiro da Silva
Professor de Geografia da rede estadual de ensino da Paraíba [e-mail] RESUMO
O cenário das comunidades rurais do semiárido nordestino, em função das questões climáticas que resulta em longos períodos de estiagem, é marcado por problemas de ordem econômica, social e ambiental. As famílias sofrem com a escassez de água e a falta de políticas públicas capazes de promover distribuição de renda que resulte em uma melhoria significativa da qualidade de vida dos trabalhadores desta região. Essa realidade é configurada na comunidade quilombola rural de Fonseca, localizada em Manaíra – PB, atingida não somente por ser constituída de pequenos agricultores, como também por se tratar de um grupo étnico minoritário sujeito à discriminação racial. Os moradores desta comunidade, lócus social da pesquisa, não são dignamente assistidos em suas necessidades básicas como acesso a água potável; educação e saúde de qualidade; oferta de trabalho e lazer. Soma-se a isto a problemática da terra – em média, cada família possui menos 0,5 hectares, além da ausência do acesso ao crédito, tecnologia, assistência técnica e comercialização. A baixa renda familiar é outra característica peculiar da comunidade estudada, considerando que apenas um morador possui emprego fixo, demais são obrigados a recorrer ao assalariamento temporário no corte de cana no Estado de São Paulo. Porquanto as atividades de trabalho mais comuns na comunidade, como o artesanato de barro e a agricultura familiar não proporcionam uma renda satisfatória, auxílios do Estado como o
Bolsa Família e a Garantia Safra tornam-se as principais