Impacto do divórcio

1-O casamento
1.1- História do casamento
Na idade Média, o casamento foi instituído pela Igreja e considerado mais um sacramento. O casal e seu relacionamento passaram a ser selados eternamente pelos olhos de Deus, até que a morte os separasse. O adultério passou a ser considerado pecado, o caracter sexual que norteava um relacionamento a dois, questionando. Permitia-se somente sexo com intuito de procriação, a sexualidade não devia ser incentivada ou desenvolvida. A constituição de uma unidade familiar abençoada por Deus devia ser preservada (Costa, 2007).
Ainda na Idade Média, de acordo com Ariés (1978), surgem os primeiros resquícios de uma família de intimidade entre homem e mulher. Os documentos artísticos mostram que a privacidade da família se passava mais na rua do que dentro de casa. Até mesmo o momento do leito nupcial era dividido com os convidados e com a sociedade, ele se tornava público e era considerado mais importante que a cerimónia religiosa. As modificações sociais ocorreram com lentidão atribuindo um carácter privado e estritura familiar, distanciando-a do espaço público pouco a pouco. O marido tornou-se uma figura de autoridade, que zelava pela esposa e filhos, a mulher apenas obedecia e cuidava dos afazeres domésticos.
No século XVI aparece a figura da criança, como mais um complemento da Unidade familiar intimista e unida, também nessa época aparecem santos e padroeiros que possuem função de preservar e proteger a família. Segundo Gomes (1998), a criança passa a assumir um papel mais centralizado na família e a infância possui uma maior importância e respeito (antes as crianças eram consideradas semelhantes aos adultos).
Entre a Renascença e a Idade Média houve modificações no âmbito do relacionamento conjugal e na maneira como as pessoas respeitavam as imposições da Igreja para as práticas sexuais. Costa (2007), diz que no século XVIII nasce um outro modelo de casamento, onde era priorizado o amor, e o sexo teve prática mais aceita,