Impacto Ambiental

A expressão “zonas de sacrifício” é utilizada pelos movimentos de justiça ambiental para designar localidades em que obtém a instalação de empreendimentos e instalações responsáveis por danos e riscos ambientais. Ela tende a ser aplicada a áreas de moradia de populações de baixa renda, onde o valor da terra relativamente mais baixo favorece escolhas de localização que concentram, nestas áreas, instalações perigosas, como foi realizado na ilha da madeira, onde fica localizado a Companhia Siderúrgica Nacional-CSN.
O município de Itaguaí, mesmo com suas riquezas naturais que resultam em condições ambientais favoráveis para pratica de diferentes atividades econômicas, como a pesca e o turismo, a prioridade dada pelas políticas públicas implementadas na região vem sendo o desenvolvimento industrial e portuário.
A população presente da área de influência é majoritariamente urbana, sendo a ocupação desordenada do solo uma característica comum no município. O ritmo de urbanização, e o baixo investimento do poder publico dificultando o processo de desenvolvimento local e sustentável, levando a má qualidade do tratamento de água.
Segundo Mendes, em Itaguaí, na segunda metade dos anos 1990, houve um crescimento de 60% da população que vive em favelas.
O Porto de Sepetiba também é acusado de poluição da baía em processo da FEEMA, em que a mesma denunciou o porto em razão de os funcionários da CSN, ao realizarem limpeza de píer, lançarem resíduos de zinco diretamente no mar, provocando uma mancha na Baía de Sepetiba.

Foto: Baía de Sepetiba – Porto de Itaguaí (CSN)
Vários estudos para os empreendimentos portuários que foram licenciados na Baía de Sepetiba negligenciaram o impacto indireto da dragagem e qualquer outra atividade no ambiente marinho. Somente em 2014 foram recolhidos 70 botos, aproximadamente 8% da população, e não sabemos como ficará a mortalidade nos próximos anos em que se preveem mais empreendimentos para a Baía de Sepetiba”, alerta