Imagem-movimento: O ponto de vista de Deleuze sobre o neo-realismo
Nome: Victor da Silva Brum Pinto
Imagem-movimento: O ponto de vista de Deleuze sobre o neo-realismo
Gilles Deleuze é um filósofo Francês formado na Universidade de Paris em 1948, onde dedicou-se a dar aula até 1964. O texto, que será tema deste trabalho, Cinema 2: Imagem-Tempo foi publicado em 1985, tratando-se da continuação do primeiro denominado de: Cinema 1: Imagem- Movimento, onde o autor escreve sobre o realismo e como era feito o cinema até aquela momento.
O presente trabalho busca apresentar as propostas e concepções de Gilles Deleuze dispostas durante o primeiro capítulo do texto, a qual o mesmo denominou de “Para Além da Imagem-Movimento”, onde ele discursa sobre as mudanças ocorridas no cinema da época a partir de diversos exemplos sobre filmes e diretores neo-realistas que serviam como base para estrutura de sua argumentação.
“O real não era mais representado ou reproduzido, mas “visado”. Em vez de representar um real já decifrado, o neo-realismo visava um real, sempre ambíguo, a ser decifrado; por isso o plano-sequência tendia a substituir a montagem das representações. O neo-realismo inventava, pois, um novo tipo de imagem, que Bazin propunha chamar de “imagem-fato”. É citando Bazin que o autor começa o texto, procurando em suas palavras explicar a diferença entre o real produzido até então e o real do neo-realismo que surgia na época.
Em seguida, o autor faz a sua explicação sobre o neo-realismo, a qual ele define como: “ Essas ascensão de situações puramente óticas (e sonoras, embora não houvesse som sincronizado no começo do neo-realismo), que destinguem essencialmente das situações sensório-motoras da imagem-ação no antigo realismo”. Ele ainda complementa o seu argumento explicando que, no realismo o espectador se defrontava com descrições, com apenas imagens óticas e sonoras, onde os personagens