Ilha de calor

REFLETINDO SOBRE O CONCEITO DE ILHA DE CALOR
Edson Soares Fialho Professor Assistente II do curso de Geografia na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Doutorando do Programa de Pós-graduação em Geografia Física da USP. E–mail: [e-mail] Tarik Rezende de Azevedo Professor Doutor do curso de Geografia e do Programa de Pós–graduação em Geografia Física da USP. E–mail: [e-mail] 1. Introdução A expansão da mancha urbana intensifica os fluxos intra–urbanos, além de incrementar a densidade da área construída. Esta diferenciação em relação ao campo acarreta uma diferença no tempo de absorção da energia solar disponível durante o dia, e da reemissão da energia terrestre à noite. A conseqüência deste novo balanço de energia é o resfriamento mais lento da cidade, após o pôr–do–sol. Isto nos induz a dizer que a ilha de calor está relacionada às atividades humanas sobre a superfície e sua repercussão na troposfera inferior, ainda assim, não está claro, na literatura da temática, em que momento ou qual diferença de temperatura do ar se pode atestar a existência do fenômeno em questão. Esta vulnerabilidade conceitual, associada as novas formas de identificar a ilha de calor. Permite questionar se em um contexto de inovações tecnológicas, o conceito de ilha de calor empregado, no início do século XIX, pode ser utilizado nos atuais estudos de clima urbano da mesma maneira. Ou será que as diferenças inerentes aos novos métodos de observação identificam tipos diferentes de ilhas de calor? 2. Tipos de ilha de calor Neste item, o objetivo é procurar demonstrar as diferenças inerentes a cada tipo de ilha de calor, de acordo com os métodos e técnicas empregadas no processo de registro da temperatura, que pode ser do ar ou de superfície. As novas possibilidades desenvolvidas para se identificar à ilha de calor, como a partir de balões meteorológicos, imagens termais em plataformas de observação instaladas em satélites ou aviões, não permitem enxergar o mesmo fenômeno, mas