II PND
No campo econômico, o governo Costa e Silva buscou aplicar uma política de desenvolvimento capaz de aproximar os setores médios ao novo regime. Por isso, Costa e Silva convocou os tecnocratas para assumir dois importantes postos ministeriais: Delfim Netto para o Ministério da Fazenda e Hélio Beltrão no Ministério do Planejamento. Com o apoio dessas duas figuras, o governo desenvolveu o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), implantado em 1964, durante o governo de Castelo Branco.
Esse plano tinha como principais metas conter o processo inflacionário e a retomada do crescimento econômico nacional. Para tanto, o governo empreendeu uma série de mudanças que reduziam o consumo por meio do congelamento salarial e a abertura da economia ao capital estrangeiro. Ao mesmo tempo, os militares favoreceram os trabalhadores especializados de classe média abrindo a concessão de créditos para que essa parcela da população vivesse uma eufórica possibilidade de consumo. Havia naquele período uma forte necessidade de se legitimar o regime militar. O objetivo dos militares era o de justificar o golpe, de mostrar para que vieram, ou ainda, o de convencer a sociedade de que o novo governo era melhor que o deposto. E isso somente seria possível através de crescimento econômico. Com a mudança da política econômica implementada por Delfim Netto, o crescimento tão cobiçado aconteceu. O “milagre” econômico ocorreu entre 1968-1973, durante os governos Costa e Silva e Médici, (General