Ideologia e a dominação capitalista

1. A ideologia e a dominação capitalista
Vivemos em uma sociedade repleta de meios de comunicação e em todos os lugares (escolas, igrejas, instituições...) onde se encontra um grupo de pessoas reunidas, por lá há uma ideologia em ação, uma ideia que domina os atos daquelas pessoas. Quando convencemo-nos de uma ideologia, essa passa a fazer parte integrante de nossa vida. Aquilo que fazemos, pensamos e vivemos passa a ser inconscientemente dominado por ela.
Da mesma forma somos também dominados pelas ideologias de outras pessoas, elas passam a ser nossas sem nem percebermos que um dia pertenceram a outras pessoas. E não há hoje como rejeitar-se a ideia de que a ideologia dominante proverá da classe que domina a sociedade. É o que declara Marx em sua obra A Ideologia Alemã de 1845-1846, nela ele afirma que em que cada época as ideias da classe dominante são também as ideias que predominam na sociedade. Para todos os demais essas ideias tem geralmente o poder de parecerem racionais e unânimes. “(...) cada nova classe que toma o lugar da que dominava antes dela é obrigada, para alcançar os fins a que se propõe, a apresentar seus interesses como sendo o interesse comum de todos os membros da sociedade, isto é, para expressar isso mesmo em termos ideais: é obrigada a emprestar às suas ideias a forma de universalidade, a apresentá-las como sendo as únicas racionais, as únicas universalmente válidas” (MARX, 1996: 74). Nesta obra Marx também demonstra qual o valor de uma mercadoria possui no capitalismo. Ao consumir somos influenciados superficialmente, ou seja pensamos somente nas nossas necessidades e utilidade do objeto, em nenhum momento pensamos em que condições aquele determinado objeto foi produzido, qual a realidade do trabalhador e seu modo de vida. Dessa forma é somente o valor de uso que desperta nosso desejo de consumo. Porém Marx segue analisando o objeto,chegando onde ele acredita estar o real valor do objeto: em sua produção. Nas 8 horas de trabalho do