Ideologia nas escolas

Apesar do termo “ideologogia” ser comum em nossos vocabulários, pouco se discute, e pior, se pensa sobre ele. A expressão “eu quero uma pra viver” superficializa o termo: nos dá a sensação de intimidade com a palavra, porém nos escapa a complexidade do que ela representa. A primeira vez que se mencionou o termo ideologia no livro de Destutt de Tracy, Eléments d'ldéologie (Elementos de Ideologia), em 1801. Juntamente com o médico Cabanis, com De Gérando e Volney, Tracy pretendia elaborar uma ciência da gênese das idéias, tratando-as como fenômenos naturais que exprimem a relação do corpo humano, enquanto organismo vivo, com o meio ambiente. Tal livro elabora a teoria das faculdades sensíveis que permeiam as ideias de todo ser humano: querer , julgar, sentir e recordar.
A ideia de Tracy era propor o ensino das ciências químicas e físicas para “formar um bom espirito”, ou seja um espirito capaz de observar, decompor e recompor os fatos, sem se perder nas suas próprias especulações. Para Cabanis, as Ciências Morais devem ser construídas para que se tornem tão exatas quanto as ciências sociais, para que assim , seja possível construir uma felicidade coletiva, e acabar com os dogmas, sem portanto, separar-se da filosofia.
Como teoria, entende-se por ideologia a ideia produzida pelos sábios, que recolhem as opiniões, as organizam e sistematizam, além de corrigi-las, eliminando assim todo elemento religioso ou metafisico que existirem nelas. Percebe-se na ideologia um papel fundamental sobre as práticas humanas, que devem submeter-se ao pensar antes de agir.
Um dos traços do pensamento ideológico é decifrar a realidade, desvinculando as ideias ddas peculiaridades da sociedade que o pensador vive. Ou seja, o ideólogo observa fatos, e extrai deles ideias, tentando assim, fazê-las independentes do contexto histórico e social na qual elas foram produzidas.
Esse olhar imparcial desejado pelos teóricos, torna-se impossível, ao passo que o sujeito precisa