Identidade cultural

- O Brasil é tido, hoje, como um país que recebe de braços abertos pessoas vindas de todos os cantos do mundo, abrindo espaço para suas contribuições culturais e oferecendo ambiente de paz e tolerância. Apesar dessa boa fama, nem sempre foi assim.
-Desde a “chegada oficial” dos portugueses em 1500 até o início do século XIX, ao Brasil foi um território de exploração exclusiva de Portugal, e poucos europeus de outras nacionalidades conseguiam se estabelecer por aqui. Os portugueses foram de fato os primeiros “estrangeiros” a virem para o Brasil, trazendo consigo sua visão de mundo, com seus códigos, normas e valores.
- Para melhor explorá-lo, usaram inicialmente o trabalho escravo de povos indígenas e, em seguida, o de negros africanos. Assim como os índios, esses novos “imigrantes” trazidos à força pertenciam a dezenas de nações com identidade própria, com línguas, crenças e costumes muito diferentes entre si, A miscigenação de portugueses, índios e negros originou uma cultura diversificada desde o início sua formação, apesar dos preconceitos quanto à importância da participação de cada um.
- Outros povos se juntaram a essa mistura étnica a partir do século XIX, uma vez que alguns imigrantes conseguiram driblar as restrições para viver no Brasil. Uma das primeiras notícias sobre isso está ligada à chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Segundo registros da época, o comerciante libanês Antun Elias Lubbos, que vivia no Rio de Janeiro, ofereceu sua casa para ser usada como residência imperial do príncipe D. João.
- A partir dessa época, o governo começou a incentivar a imigração para povoar áreas pouco habitadas. Em 1810, várias famílias chinesas vieram trabalhar no cultivo de chá no Rio de Janeiro. Em 1818, 1,700 suíços fundaram a cidade de Nova Friburgo, na região serrana fluminense. Já com o Brasil independente, 180 famílias de italianos chegaram ao Rio Grande do Sul, em 1836. A vinda desses pioneiros, entretanto não se tornou um fluxo