Ideia de Populismo

Para se estudar os movimentos populistas no Brasil é necessário, pensar um pouco em como esse tema foi utilizado, quais seus significados em tempos e situações distintas na academia. E como ele se torna comum na impressa, livros didáticos etc. depois da 1930. Observar como a historiografia discute fatores de desigualdade social e politica e o uso de aparelhos ditos de manipulação utilizado para coagir a população.
Não busco aqui discutir todo esse processo, mas sim buscar entender como dois autores, trabalharam esses conceitos. E pensar como a relação material e simbólica entre Estado/Trabalhadores foi elaborada. Na construção desse processo o autor Francisco Welffor, faz algumas colocações que se destacam nesse debate. Para ele o populismo apresenta algumas características que o distinguem, dentre destaco aqui a personificação do poder. Mostrando que a imagem de um governante paternal que da a seu povo direitos trabalhistas, que fala com o operário a noite pela rádio, é uma característica de quem está no poder, da politica dominante no período. Welffor coloca que o estado não tem uma relação unilateral, pelo contrario, ele busca se equilibrar entre a burguesia e o operário para manter sua posição politica. Ao estudar o conceito de populismo de Welfor, a historiadora Angela de Castro Gomes faz a seguinte síntese.
“Para Welffor, simplificando muito, pode-se dizer que o populismo é o produto de um longo processo de transformação da sociedade brasileira, instaurado a partir da Revolução de 1930, e que se manifesta de uma dupla forma: como estilo de governo e como política de massas.”(2001.p.32)

É interessante lembrar que o trabalhar esta nesse momento vivendo um processo de inclusão politica, ele sente grato, pelas conquistas e direitos a eles ‘doados’ na Era Vargas. Mostrando assim que eles não são manipuláveis e que fazem parte de processo de pacto estabelecido entre ele e o Estado. Um fator importante na construção da relação material e simbólica