Ideação suicída

A morte é tida como um acontecimento previsível sendo acreditada por muitos, ser essa a única certeza que o homem tem desde que adquiriu consciência da sua existência. Apesar disso consta-se um distanciamento entre a morte e a vida, ou seja, os indivíduos estão se afastando dos seus enfermos e moribundos. Brown afirma que antes das mulheres entrarem no mercado de trabalho era o papel delas cuidarem dos “doentes e agonizantes” (Brown, 2001, p. 394), mas quando a revolução feminina se instalou a maior parte dos doentes graves foram levados aos hospitais. Esse movimento de retirar o enfermo dos olhos dos familiares foi um das possíveis causas desse distanciamento ocasionando um aumento dos sintomas psicológicos e psicossomáticos nas pessoas próximas do morto.
Outra possível causa seja a forma como o assunto Morte é tratado pelas famílias, muitas o colocam como tabu em que pouco é discutido e, ocasionalmente considerado um assunto proibido. Brown (2001) afirma que algumas mortes são mais difíceis de suportar que outras, em que nos idosos ela “é considerada como um processo natural” (p.398), o sujeito já completou sua vida, suas tarefas e responsabilidades são poucas senão inexistentes. Mas quando uma criança ou jovem são acometidos por ela, o processo vital ainda não está terminado, ele apenas está começando a viver e, para sua família, a morte “é algo que encerra uma vida incompleta”, por isso é considerada como uma tragédia.
Das diversas formas que um indivíduo pode morrer, o suicídio é avaliado como o mais perverso e mais dolorido para os que ficam e, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS) esse é a terceira maior causa de morte entre adolescentes no mundo. E quando esse ato impensável é praticado sobra, aos familiares a “culpa e raiva em relação ao suicídio, tentando ao mesmo tempo entendê-lo, explicá-lo ao outros e aceitar a sua própria responsabilidade e a do adolescente" (Brown, 2001, p. 403).
Teixeira (2010) afirma que “o propósito comum do