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MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010.

Em o livro O Príncipe, Maquiavel mostra Lorenzo, em seu ultimo capítulo, seu anseio pela libertação da Itália, como descrito em todo o livro, Maquiavel, mostra como deve ser e agir um verdadeiro príncipe, com a finalidade de que Lorenzo de Medici se torne soberano da Itália, deixando implícito ao leitor que o livro é uma espécie de manual para que Lorenzo reine a Itália com êxito.
O ser humano não consegue ter todas as características pelas quais príncipes são classificados, como: humanitário ou altaneiro; lascivo ou casto; franco ou astuto; difícil ou fácil; serio ou frívolo; religioso ou incrédulo, então é necessário que um príncipe tenha prudência suficiente para evitar os vícios, pois tais vícios podem abalar seu reinado. E completa também que “Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está fadado a sofrer. [...] É necessário, portanto, que o príncipe que deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usará ou não, em cada caso, conforme seja necessário.” (Capitulo XV). Maquiavel também levanta a questão de ser amado ou temido, e responde em seguida que a melhor forma de governar um principado é tendo amor pelos seus súditos e sendo temido por eles, assim buscando o equilíbrio. Deve também agir com bondade nas horas oportunas e com vigor em outras horas onde tal medida é cabível: “um príncipe sábio, amando os homens como eles querem e sendo por eles temido como ele quer [...] deve somente procurar evitar ser odiado.”