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A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo IBGE comparando os meses de Janeiro de 2003 e Janeiro de 2008 produz indicadores que facilitam o acompanhamento da inserção das mulheres no mercado de trabalho. A amostra vem de seis cidades do Brasil: Recife, Salvador, São Paulo, Rio de janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, e foi levada em consideração apenas a área urbana de cada uma. Os fatores analisados foram: População, Posição na Ocupação, Escolaridade, Horas trabalhadas e Rendimentos.
Em Janeiro de 2008 havia 21,2 milhões de Pessoas Ocupadas, nessas seis cidades e dessas pessoas apenas 44% ou seja, 9,5 milhões eram mulheres. As mulheres que faziam parte da População de Desocupadas detêm 57% dessa fatia, um aumento de 1% por ano de desocupação comparado com Janeiro de 2003. Já a proporção de mulheres ocupadas em relação a Idade Ativa feminina teve aumento de 3%.
Analisando os gráficos que mostram as Posições de Ocupação pode-se concluir que os cargos do grupo dos Empregados Domésticos e do grupo de Administração Pública, Educação e Saúde eram predominados por mulheres, com 16% e 22% respectivamente. Enquanto os homens dominavam o setor da Indústria, Construção e Serviços Prestados a Empresas com 20%, 12% e 20,8% nesta ordem. Observou-se também que o número de mulheres com carteira assinada no setor privado em 2008 era de 37,8% contra 48,6% dos homens.
De acordo com a pesquisa 38,2% dos homens trabalham mais de 45 horas semanais contra 24,1% das mulheres. Apesar da grande diferença de horas trabalhadas, e maior número de posse de carteira assinadas, os homens contribuem para a previdência com apenas 5% a mais do que as mulheres. É importante ressaltar também que as horas que as mulheres trabalham em casa depois de seus expedientes não são contadas como horas trabalhadas. Por tanto é contestável dizer que o homem é predominante no tempo de trabalho.
Os indicadores mais paradoxos da pesquisa é a Escolaridade e o Rendimento. Na lógica os dois andam juntos.