Humilhação social

Humilhação Social

Este texto traz uma relação sobre a questão Da humilhação social, compreendida como manifestação perversa, sobre o ponto psicanalítico.
Aponta também a importância de considerar os complexos modos como se articulam dimensões afetivo-emocionais individuais, conscientes e inconscientes com a dinâmica do viver coletivo.
Sem sombra de dúvida trata-se de um fenômeno histórico, a humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de homens para fora do âmbito intersubjetivo da iniciativa e da palavra, mas é também é de dentro que, no humilhado, a humilhação vem atacar.
A humilhação social conhece em seu mecanismo, determinações econômicas e inconscientes. Devemos propô-la como uma modalidade de angustia, disparada pelo enigma da desigualdade de classes.
Como tal trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e politico. O humilhado atravessa uma situação de impedimento para sua humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo, em seu corpo e gestos, em sua imaginação em sua voz e também reconhecível em seu mundo, em seu trabalho e seu bairro. (Gonçalves Filho)
A humilhação social é produto da historia de classes, que resulta o capitalismo burocrático que separa homem e trabalho.
A humilhação social caminha com a desigualdade social, que parece ter o poder de controle, como se cada ser nascente predisposto a um cargo na sociedade, como se o sujeito estivesse condenado a agir de acordo com a comunidade determina.
Gonçalves Filho afirma:
A humilhação age destrutivamente pelos dois extremos do psiquismo, comparece pelo lado dos enigmas que nos vem ferir, que infestam a subjetividade e nela se inscrevem como processos inconscientes, processos primários, pulsão e angustia.
No mundo capitalista, a desigualdade social é consequência dos interesses econômicos, pois tudo gira em torno do dinheiro, o valor monetário corrompe as relações