Humanismo

De acordo com Morin existem dois modelos de pensamento, um do tipo cartesiano moderno, denominado de simplificador, e o outro conhecido como pensamento complexo. O simplificador orienta-se pelo paradigma cartesiano e adota os modelos de acesso ao conhecimento através de uma linhagem de pensamento redutivo e disjuntivo que opera com o método e a lógica indutiva, dedutiva e identitária. Esse tipo de pensamento fechado e simplificador é, segundo Morin, a barbárie do pensamento.
Neste sentido, a complexidade das reflexões efetuadas prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes no processo de ensino como um todo. Por conseguinte, a revolução e mudança dos costumes do ensino atual e vicioso garante uma contribuição para a construção de um grupo importante na determinação dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência de ensino. Morin acredita que o pensamento complexo é aquele que consegue dialogar com a complexidade do universo, com os sentidos inesgotáveis e sempre abertos do real e, por isso é capaz de produzir um conhecimento pertinente. Evidentemente, a hegemonia do modelo cartesiano e simplista estende o alcance e a importância do real aprendizado e por isso talvez seja, de certa forma, o mais, ou melhor, o único implantado.

Para realizar tamanha mudança nos princípios de ensino e aprendizagem é necessário uma reforma de pensamento, para que os receptores possam captar a complexidade da realidade, a ponto de conhecer os princípios organizadores deste conhecimento complexo e entender suas reais estruturas criando assim o chamado, conhecimento pertinente. O conhecimento pertinente, portanto, é aquele que, em sua gestação e promoção contempla os princípios básicos da complexidade. Existem também três princípios interligados e ligados diretamente a esse pensamento, o princípio hologramático reposiciona o aprendiz em relação aos princípios cartesianos básicos, pois, estes ao privilegiar o princípio da simplificação impedem a ligação de noções