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Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Letras

Goiânia/GO, 23 de maio de 2014.

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O gênero lírico entende-se pela subjetividade, ou seja, não possui uma linearidade lógica, segundo Hegel a efusão lírica é o movimento interior que dá origem aos ritmos, idéias e imagens que compõe o poema, todas essas características são subjetivas e sua percepção pode variar de leitor para leitor, às vezes seguindo padrões de raciocínio. É importante que no gênero lírico o poema atinja o “alvo” com lirismo para que se torne bem sucedido. Não precisa causar necessariamente a mesma sensação, mas tem que causar um impacto critico acerca de si mesmo, outra importante característica é o condensamento de idéias e sensações, deve-se perceber ou sentir varias coisas ao mesmo tempo, fazendo-se assim o leitor de fato sentir, o poema não pode simplesmente explicar a idéia ou a sensação. Mas para se entender a lírica devemos partir para a poética, que aborda postulados sobre poesia em si, ou princípios sobre a forma e a estética da poesia. E para isso Emil Staiger no livro “Conceitos Fundamentais da Poética, Estilo Lírico: A Recordação” aborda o estilo lírico, dando enfoque na forma como os aspectos sonoros e os sentidos estabelecidos pelas palavras se relacionam para estabelecer um sistema, uma unidade de poesia, que é possível criar imagens. Staiger também enfatiza em uma teoria a disposição anímica que o poema tem, ou seja, de sempre conseguir relacionar-se com a alma. Para uma melhor representação do que todo o gênero lírico e o que os postulados dizem, podemos analisar o poema de Matsuo Bashô: “Velho tanque. Uma rã mergulha. Barulho da água.”. Percebemos que é um poema bastante condensado, não segue uma linearidade, apesar de não ter ritmo ele possui idéias bem subjetivas e é um poema bastante imagético, você consegue lê-lo e imaginar um tanque com água, uma rã pulando dentro da água e consegue até mesmo idealizar o