homem primata, capitalismo selavgem

766 palavras 4 páginas
Disciplina: Literatura Brasileira III

HOMEM PRIMATA, CAPITALISMO SELVAGEM

Desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que o macaco fazia, eu não trabalhava, eu não sabia: o homem criava e também destruía. (...) Eu aprendi, a vida é um jogo. Cada um por si. (...) Eu me perdi na selva de pedra. (...) Homem primata, capitalismo selvagem. (TITÃS, 1986)

O trecho acima, se refere a uma canção escrita na década de 80, mas que permanece atual. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter; assim como o eu lírico da música, se vê perdido na selva de pedra.
Nascido na floresta Brasileira, em uma tribo amazônica; Macunaíma desde criança é mentiroso, travesso, só anda quando ouve o som de dinheiro, fala tardiamente, e quando o faz, profere palavrões em demasia e é extremamente preguiçoso.
O livro que tem como título o próprio nome do personagem é considerado uma das mais importantes obras da primeira geração modernista, escrito por Mário de Andrade e publicado no ano de 1928.
O Brasil nessa época passava por mudanças significativas, houve o surgimento de muitas fábricas e grandes aglomerados urbanos. Comércio e indústria prosperavam rapidamente devido ao mercado consumidor composto pelos novos moradores da cidade e pelos colonos de origem estrangeira. As mulheres passaram a ter autonomia. A velocidade dos meios de transporte e comunicação – carros, bondes, trens, bancos, telefones, rádios – era algo que impressionava bastante os brasileiros.
A obra de Mário de Andrade vem ao encontro de todos esses fatos. O livro nos conta a história de um índio que nasceu e viveu na mata até se tornar um homem. Macunaíma se apaixona por Ci, a mãe do mato. Sendo um sentimento recíproco, ambos se casam; porém no decorrer da história Ci acaba por falecer, mas antes, ela presenteia o índio com um amuleto: a muiraquitã – uma pedra cor de esmeralda. Em determinado ponto da narrativa, Macunaíma perde seu amuleto, e mais tarde descobre que esse está em posse de um comerciante

Relacionados