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4697 palavras 19 páginas
PRECONCEITO RACIAL E DISCRIMINAÇÃO NO COTIDIANO ESCOLAR

SOUZA, Maria Elena Viana – UNICAMP
GE: Grupo de Estudos Afro-brasileiros e Educação /n.21
Agência Financiadora: CAPES

Agnes Heller (2000) conceitua preconceito como “um tipo particular de juízo provisório”. Por esse caráter provisório, ele pode se alterar e modificar-se na atividade social e individual. E, estando o preconceito ligado à cotidianidade, ele desempenha uma função importante nas diferentes esferas, mas, não procedem essencialmente dessas esferas, nem aumentam sua eficácia; ao contrário, não só a diminuem como obstaculizam o aproveitamento das possibilidades que elas comportam. Quem não se liberta de seus preconceitos artísticos, científicos, e políticos acaba fracassando, inclusive pessoalmente. (Agnes Heller, 2000, p.43) Se o preconceito provoca o fracasso pessoal, ele é limitador das potencialidades do sujeito e como tal não permite que esses sujeitos possam viver a vida, já tão limitada, em sua plenitude possível. “Por um lado, assume-se estereótipos, analogias e esquemas já elaborados; por outro eles nos são “impingidos” pelo meio em que crescemos”. (p. 44) Nesse sentido, pode-se passar muito tempo até que se perceba criticamente tais esquemas impostos. Às vezes, passam-se gerações inteiras sem que se problematizem os estereótipos de comportamento e pensamento. Outras vezes, pode-se questioná-los num menor espaço de tempo. Como Agnes Heller, Sant’Ana (2001) faz relações do preconceito com o fenômeno social, no entanto, o coloca na esfera dos fenômenos psicológicos porque ele considera que o preconceito está baseado em julgamentos de pessoas sobre outras pessoas, ou seja, encontra-se na esfera da consciência dos indivíduos, pois, ninguém é obrigado a gostar de alguém, mas, é obrigado a respeitar os seus direitos. O preconceituoso nem sempre fere os direitos, de fato, do outro, mesmo que não alimente

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