Histórico: implantação do gás natural .

História: implantação do gás natural .

Tudo começou com a inauguração do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), no governo Fernando Henrique Cardoso, com amplos propósitos econômicos e políticos. Os principais seriam os seguintes:
- Alterar a participação do gás natural na matriz energética brasileira. Na época o consumo de gás era equivalente a 2% da energia consumida no país e pretendia-se chegar ao ano 2010 a 12%.
- Aumentar a competitividade industrial, em especial em algumas indústrias como as manufatureiras de cerâmicas e de vidro que fazem um uso intensivo da lenha.
- Aprofundar a integração energética entre países vizinhos e encontrar novas soluções para seus problemas de balança comercial, que era desfavorável a Bolívia.
- Para a Bolívia a abertura de um mercado como o da região mais desenvolvida do Brasil permitiria a obtenção de valor por suas reservas de gás e o desenvolvimento destas.
O trajeto do gasoduto era estratégico: foi traçado para encontrar determinadas empresas que utilizam o gás natural. Nele, estão indústrias responsáveis pó 82% da produção nacional e 71% do consumo energético do Brasil.
Para criar uma âncora para o gás boliviano importado, o governo FHC criou o Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) visando um aproveitamento racional das fontes de energia no país. O objetivo era reduzir a dependência das chuvas para geração de energia, aumentar a oferta de energia, a partir da implementação, até 2003, de 49 termelétricas em 18 estados, e segundo as autoridades federais, a iniciativa iria gerar cerca de 25 mil empregos diretos e 50 mil indiretos.
O fato de a maioria das usinas não ter saído do papel foi uma das causas do racionamento energético de 2001. Após o racionamento, as chuvas recuperaram o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas. O consumo de energia também diminuiu por causa da substituição de equipamentos nas indústrias e pelos novos hábitos de economia adquiridos pelos consumidores residenciais na época do