História
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Hilda Dias dos Santos nasceu na Quinta das Beatas, atual bairro de Cosme de Farias, em Brotas no dia 06 de janeiro de 1923, e foi para o Curuzu com os pais, ainda menina, em 1930. Ali se tornou ialorixá, assumindo a missa para a qual fora destinada desde o nascimento. “Entrei no Candomblé porque era uma pessoa muito doente. Podia sentir-me mal em qualquer lugar, tanto fazia estar na alegria como na tristeza. E por esse motivo, indo pro médico não tendo solução, fui parar realmente num lugar que praticamente apesar de meus parentes serem todos de Candomblé, e eu já ter o meu começo, mas que não eram de acordo que eu entrasse, mas fui me bater na casa de uma pessoa (Cassiano), aí me tratei, daí pra cá fiquei boa, fazendo santo e assumindo”, declarou no seu livro autobiográfico. Casou, teve seus filhos, dos quais uma faleceu, e tem oito netos. O pai de santo da ialorixá Hilda era da nação Gegê Marin, chamava-se Cassiano Manoel Lima, sua Digina era Gegê, cujo terreiro era localizado na Caixa D’Água. O nome Jitolu foi dado a mãe Hilda no dia 24 de dezembro de 1942. Depois da morte do pai de santo de Mãe Hilda, ela começou as suas obrigações no Terreiro Cacunda de Iaiá, com Mãe Tança.
Suas obrigações de 03 a 25 anos com o pessoal do Terreiro Cacunda de Iaiá foram todas feitas na casa de Mãe Hilda. Ela teve de lutar muito, vender comidas em obras, em fábricas para juntar dinheiro e fazer o Terreiro. Assim nasceu no dia 06 de agosto de 1952 o Terreiro Ilê Axé Jitolu. Uma instituição muito importante para o Brasil e que está ligada a esta casa é o Ilê Aiyê, a primeira instituição brasileira a mostrar a identidade negra. “O nome foi escolhido, em Yorubá, justamente um nome que é adequado e se usa dentro do axé, um nome de uma casa. Bom, essa Casa ia reunir vários membros, então dá esse nome, se idealizou, combinou, eu vi que era uma coisa que realmente é o destino do povo negro que estava em jogo, aplaudi as opiniões da mentalidades deles. (...) Então eu