História Geral - Sociologia e Filosófia pós Segunda Guerra Mudial

4564 palavras 19 páginas
Apenas nas três últimas décadas do sec XX a historiografia começou a mudar de modo acentuado, colocando a filosofia contemporânea como um contorno especial, composto por duas grandes tendências: a de analíticos e continentais. Até o final dos anos 60, uma boa parte dos historiadores da filosofia considerava a filosofia contemporânea a partir de um rol de escolas e movimentos. Não se imaginava agrupar a filosofia contemporânea em duas grandes tendências, como ocorreu com a filosofia moderna. A filosofia analítica aparece na historiografia atual como tendo origem no final do séc XIX, segundo a produção de filósofos austríacos e britânicos. Esse tipo de reflexão filosófica teve maior acolhida acadêmica no mundo de língua inglesa. Nesta se inclui o positivismo lógico e o pragmatismo norte-americano, Por outro lado todas as tendências não-analíticas foram englobadas na “filosofia do continente”. A fenomenologia, o existencialismo, o marxismo, a psicanálise e outras tendências mais ou menos afim que receberam o rótulo de filosofia continental. Na Filosofia Moderna há a reflexão em cima do ”eu ou a consciência”, “o princípio da razão” e a “base no sujeito”. Temos então a perspectiva Cartesiana, aonde René Descartes afirma que o indivíduo é um ser racional, e que a verdade fluí da racionalidade do sujeito, o que até o séc XVIII acreditava-se vir de Deus, sendo assim os filósofos modernos colocam Deus em segundo plano. A busca do conhecimento verdadeiro é dada a partir da dúvida metódica, ou seja, colocar tudo em dúvida e pensar sobre ela. “Penso logo existo”. A partir de Descartes a consciência passou a ser tomada como base para a obtenção do “ponto arquimediano” de garantia da verdade, portanto um dispositivo metafísico e essencialista, pois apresenta o modelo matemático como ciência universal e tem uma verdade inquestionável a partir deste modelo. A perspectiva de Kantiana é um refinamento do que é apresentado por Descartes. Para Kant o eu é a instância da

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