História da Educação no Brasil

Na capital da República, Carneiro Leão (entre 1922 e 1926), Fernando de Azevedo (de 1927 a 1930) e Anísio Teixeira (a partir de 1931 até 1935) ocuparam a direção da instrução pública, o posto-chave da administração escolar na cidade. Em suas respectivas épocas, ainda que de modos diferentes, esforçaram-se para montar um sistema público de educação popular na capital do país, fazendo desse período (1922-1935), um período de importante reorganização do funcionamento escolar na cidade do Rio de Janeiro.
Antônio Carneiro Leão assumiu as funções de Diretor Geral da Instrução Pública do Distrito Federal em 1922. Os acontecimentos mais importantes da sua administração na cidade do Rio de Janeiro foi a defesa da escola pública e gratuita, e a importância da escola nos processos de saúde física e intelectual do meio social. Ele acreditava na escola pública como um mecanismo capaz de modificar o rumo do desenvolvimento das sociedades, dava importância aos professores para formação da nacionalidade; ofereceu novas propostas curriculares, mais ligadas à realidade, à higiene e a saúde dos alunos e etc.
Com a reforma de instrução pública realizada por Carneiro Leão obteve-se aumento da freqüência, da matrícula e da escolaridade da população.
Ele procurou garantir a gratuidade do ensino público cuidando das condições de permanência das crianças pobres na escola, indo contra o argumento de que a escola pública só era voltada aos filhos da burguesia carioca. Dessa forma, pela assistência alimentar, médica e odontológica buscou fazer com que a escola cumprisse o papel de instituição social.
Toda a sua atividade na direção da Instrução Pública procurava organizar um sistema de ensino direcionado à formação do trabalhador, sua qualificação e classificação. O esforço de renovação foi só em parte pedagógico: os cursos de aperfeiçoamento e os novos programas atestam a iniciativa de renovação das práticas pedagógicas nas escolas de ensino público. A reorganização da Diretoria de