História da Arquitetura e da Cidade

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS
GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DAS
CIDADES I [Tipo 3 - Valor 25 pontos]
Profa. Mônica Eustáquio Fonseca

Belo Horizonte, 25 de Março de 2015

NOME: JÚLIA DE OLIVEIRA FREIRE

Questão Nº 1:

a) Comente o trecho a seguir. Considere-o para formular a descrição e análise da obra abaixo apresentada:

“A idealidade da arte não se deve ao fato de a obra tentar ‘imitar’ a Ideia, de visar a um objetivo, de nos ‘abrir um mundo’, mas sim ao fato de, na arte, as faculdades pelas quais se dá nossa percepção se acharem postas à prova e virem elas mesmas se representar como puramente formais, como idealmente distintas dos objetos de sua representação.” (CAUQUELIN, Anne. Teorias da Arte. São Paulo: Martins, 2005,
p.77)

RESPOSTA: Essa idealidade da arte é uma filosofia, parte do pensamento de Hegel. Idealista, acreditava que as ideias determinam a matéria, as antecedem. O trecho nos leva ao pensamento de que a obra de arte representa a ideia, não a imita. Um exemplo que pode ser usado para ilustrar este pensamento é a obra “Ceci n’est pas une pipe” do belga René
Magritte. Esta obra é composta por um cachimbo onde há uma inscrição que se lê: “Isto não é um cachimbo”. Por trás disso, a ideia nos mostra que aquela imagem não é o “objeto” cachimbo e sim uma representação dele, de tal forma que não se pode, por exemplo, fumálo. Christo Javacheff e Jeanne-Claude, em “The Gates” procuram criar uma representação com seus portais, ainda que efêmera, do padrão de blocos que circundam o Central Park, cujos 37 quilômetros de caminhos são livres de grades e portões. Em contrapartida, as enormes peças aliadas aos tecidos na cor laranja nos cria uma ideia, quando vistos de cima, de um caminho sinuoso marcado pela dança das malhas, como fogo que sensualmente se alastra pela vegetação e cria uma paisagem viva, ainda que mesmo assim nos remeta à morte. .

Christo