História common law

A história do direito inglês começa no período anglo-saxônico, quando as tribos de origem germânica dividiram a Inglaterra entre si. Porém nessa época, não havia um direito comum a todo o país. A unificação do direito só se deu depois da conquista normanda, quando Guilherme, o Conquistador, tomou poder de toda a Inglaterra, constituindo um marco histórico, por deixar o governo centralizado, forte e rico de uma experiência administrativa. Com essa conquista, as tribos desaparecem e começam a se formar os feudos.
Para evitar problemas de vassalos muito poderosos, Guilherme fez uma boa distribuição de terras e proibiu qualquer "sub-enfeudação". Esse caráter militar de organização tornou-se um dos elementos que permitiu futuramente o desenvolvimento da Common Law.
A formação da Commow Law foi uma obra exclusiva dos Tribunais Reais de Justiça, chamadas também de Tribunais de Westminster (local onde ele se estabeleceu). Esses Tribunais surgiram porque o rei só exercia a "alta justiça", o resto ficava a responsabilidade de algumas organizações que com o tempo foram adquirindo autonomia. Um caso é o parlamento e também outras comissões com poderes jurisdicionais, que deixaram de acompanhar o rei e formaram sede em Westminster.
Porém, esses Tribunais Reais, não podiam resolver tudo. A sua intervenção iria limitar-se em três categorias: finanças reais, propriedade imobiliária e a posse de imóveis, e graves questões criminais que tivessem afetado a paz do reino. E esses casos eram resolvidos em três tribunais diferentes.
Em 1616 o sistema jurídico da Common Law estabeleceu compromisso com a Equity (antigo rival do sistema jurídico), para que ambos subsistissem, lado a lado, em equilíbrio de forças. Por essa razão, o direito inglês possui uma estrutura dualista. A equity nada mais é, do que um conjunto de regras que vieram corrigir historicamente o direito inglês, e que constituem até hoje uma parte do mesmo.
Após uma série de transformações secundárias, no século XIX, os