Historia
Excelentíssimo senhor Juiz, senhores promotores é jurados... Venho por meio de defesa lhes indagar as seguintes perguntas retoricas, na qual, não necessito da resposta mais que apenas reflitam por alguns segundos tais questionamentos. O que é justiça? O que faz de nós profissionais da lei, papel de promover a justiça para o bem da sociedade? Novamente eu vos pergunto o que é justiça? Uma interrogativa onde navegamos entre centenas de respostas e afirmações, navegamos em mares de doutrinas e ideias filosóficas. Mas qual afirmar que é certa ou errada, impossível. Pois todos nós sabemos a resposta clara para essa pergunta, não há verdade absoluta até que se prove ao contrario. O que nos sustentamos sobre ‘’verdade’’ são teses, ideias, lógicas é suposições sobre um assunto, sobre uma causa ou até mesmo sobre um motivo qualquer. Justiça senhores é senhoras ‘’ é fazer aquilo que está de acordo com o direito, ou a virtude de dar a cada um aquilo que é seu‘ Senhores é senhoras, o que vemos neste júri neste tribunal é um holocausto de pedidos de ‘’justiça’’ clamores dos familiares e da sociedade. Mas as perguntas são; Justiça para quem? Para a sociedade, as famílias ou a vítima que Deus a tenha...?
O que assistimos é um clamor do povo pedindo ‘’justiça’’ mas se assim posso afirmar os leigos, estão apedrejando meu cliente, estão crucificando-o para saciar a sua sede de justiça. Mas não as julgo, a justiça tem sim que ser feita e será, mas a justiça tem que ser executada para aqueles que á merecem, a justiça deve punir aqueles que mereçam á sua punição. E meu cliente Mizael Bispo de Sousa não é o merecedor dessa punição, ele não é autor de qualquer das hipóteses de que esteja sendo acusado, não é o autor do homicídio contra Mércia Nakashima. Não há sequer uma prova contundente para afirmar que meu cliente é o autor do crime, as algas encontradas nas solas dos seus sapatos são referentes a sapatos usados pelo meu cliente