Historia
Em 1961, o Brasil mergulhou numa agitada crise institucional causada pela renuncia do presidente Jânio Quadros ainda no início do mandato.
O vice, João Goulart – o Jango – sofria intensa oposição dos militares e dos conservadores por ser considerado de esquerda, e só pode assumir o governo após uma manobra no Congresso que levou a adoção do parlamentarismo, assim quem mandava mesmo era o primeiro ministro Tancredo Neves.
Porem em 1963 um plebiscito popular decide que o Brasil deveria voltar a ser presidencialista, e Jango retoma o controle da nação.
O país enfrenta então um período de radicalização política, com greves e manifestações em favor das reformas de base (agrária, bancaria, eleitoral, fiscal, urbana e salarial propostas pelo presidente, além disso o país enfrentava uma grave crise econômica.
Buscando reforçar sua base política, Jango tentou mobilizar as massas trabalhadoras.
A oposição (empresariados, parte da igreja católica e partidos de oposição) denunciou a preparação de um suposto golpe comunista do presidente.
No dia 31 de março de 1964 o exercito ocupou as ruas das principais cidades do país anunciando a destituição de Jango.
Vale lembrar que em caso de uma suposta guerra civil no Brasil, os Estados Unidos por meio da operação Brother Sam já estavam preparados para intervir em favor dos militares.
Os militares eram apoiados tanto pela elite nacional como por grande parte do povo, prova disso foi a “Marcha da família com Deus pela liberdade”, realizada dias antes pela luta contra a ameaça comunista.
Em 1 de abril de 1964 o presidente temendo uma guerra civil e o derramamento de sangue, se exila no Uruguai, deixando livre a presidência para o presidente da Câmara dos deputados assumir temporariamente.
Uma junta militar assume junto do presidente da Câmara, e em poucos dias impõem o AI-1, que cassou mandatos e suspendeu a imunidade parlamentar, o caráter vitalício dos cargos dos magistrados, a estabilidade dos