Historia da saúde no brasil

A primeira impressão que os europeus tiveram do Brasil assim que chegaram, foi de que aqui era um paraíso graças aos índios que eram além de fortes muito saudáveis. Mas essa imagem não durou muito, logo no século XVII os colonizadores e os africanos tinham poucas chances de sobreviverem por causa das dificuldades materiais e as múltiplas e frequentes enfermidades.
Com isso o Conselho Ultramarino (órgão responsável pela administração das colônias) criou os cargos de físico-mor e cirurgião-mor, que foram incubidos de zelar pela saúde da população. Porém esses cargos ficaram muito tempo sem serem ocupados, pois os médicos tinham medo do que enfrentariam aqui.
Os poucos médicos que vieram para o Brasil encontraram dificuldades para exercer a profissão pois além da pobreza dos pacientes, que não podiam pagar por suas consultas, o povo tinha medo dos tratamentos que eram feitos a base de purgantes e sangrias. Ao invés de escolherem os médicos os pacientes ricos e pobres preferiam os remédios dos curandeiros negros e indígenas.
A ausência de serviços de saúde eficazes fazia com que as orientações dos médicos só fosse aceita em épocas de epidemia, como o surto da varíola.
Porém nos surtos epidêmicos, os médicos e curandeiros não podiam fazer nada pois não conheciam as doenças infecto-contagiosas. A única saída era afastar os enfermos dos sadios. Uma prática que era aceita por todos diferente de quando os médicos tentavam previnir a doença extraindo um pouco de pus de algum enfermo e colocando em um corte de uma pessoa sadia. As pessoas ficavam apavoradas e se escondiam até que os médicos se retirassem ou fossem expulsos do local.
Quando a corte portuguesa veio para o Brasil o dom João VI procurou oferecer uma imagem diferente da qual os europeus tinham em relação ao país. Para que o país possuisse um atendimento organizado foi preciso criar rapidamente centros de formação de médicos, assim foram fundadas as academias médicos-cirurgicas no Rio de