Historia da Região do Vale do Mucuri
• VALES DO JEQUETINHONHA, MUCURI E RIO DOCE
INTRODUÇÃO
Sobre as características da região do Vale do Jequitinhonha (Araçuaí e Coronel
Murta), Mucuri (Teó.lo Otoni) e Rio Doce (Governador Valadares), o Diagnóstico
Setorial de Gemas e Jóias do Nordeste de Minas Gerais assinala que: “assentada numa das maiores províncias gemológicas do mundo, dada sua extensãoe a diversidade de gemas que vão desde o diamante até a ametista e o citrino, tendo ainda dentro de suas fronteiras a produção de ouro aluvionar, além de diversos minerais industriais, esta região se constitui no maior paradoxo econômico-social, pois é a região mais pobre do Estado de Minas Gerais.”
As principais gemas produzidas na área são: água-marinha, alexandrita, amazonita, ametista, berilo, citrino, crisoberilo, diamante, granada, quartzo rosa, topázio e turmalina, dentre outras. A região vem sendo explorada há mais de 50 anos e, ainda hoje, não há conhecimento detalhado sobre a geologia das áreas produtoras de gemas. Assim, alguns garimpos abandonados, em função da inexistência de um plano de trabalho que oriente a extração, ou por estarem voltados para a busca de determinada gema, são retomados, tempos depois, e tornam-se produtivos. Tal prática tem representado desperdícios, gastos desnecessários e baixa produtividade.
Além de produtora de gemas, a região tem no segmento de lapidação e comercialização de pedras uma de suas mais importantes atividades. Os principais
Pólos são Governador Valadares e Teó.lo Otoni. Segundo levantamento realizado pelo
MCT/CT, existem cerca de 300 microempresas nas áreas de lapidação e comercialização, além de 2.700 de lapidações informais, 1.500 corretores e um número desconhecido de garimpeiros. Estima –se que, em toda a cadeia, as pessoas, direta ou indiretamente envolvidas, ocupem 100 mil postos de trabalho (Arranjos
Produtivos de Base Mineral e Demanda Mineral Significativa no Brasil, 28 – Gemas