Histeria

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA
CAMILA FONSECA VERASHISTERIA
FORTALEZA
2014
CAMILA FONSECA VERASHISTERIA
Trabalho realizado na disciplina de Psicopatologia ministrada pelo Prof. Dr. Orlando Cruxen no ano de 2014 na Universidade Federal do Ceará no Curso de Psicologia.
FORTALEZA
2014
SOBRE O MECANISMO PSÍQUICO DOS FENÔMENOS HISTÉRICOS
Segundo Breuer e Freud (1893), na histeria, geralmente, não se consegue encontrar seu o ponto de partida através de um simples questionamento do paciente. Isso ocorre, pois muitas vezes a origem está relacionada com alguma experiência sobre a qual a pessoa não quer falar, e principalmente, com o fato de o indivíduo não conseguir recordá-la. É comum o indivíduo não perceber a relação causal entre o fato desencadeante e o fenômeno patológico. Muitas vezes é preciso que o paciente passe pela hipnose, para que possa, a partir disso, despertar as lembranças da época em que o sintoma surgiu pela primeira vez. Dessa forma, fica mais fácil entender a conexão causal existente no processo.
Na histeria "traumática" fica claro que é o acidente que provoca a síndrome. Em ataques histéricos, podemos perceber essa ligação causal quando é possível deduzir das declarações do paciente, que em cada um de seus ataques o paciente vive de novo por alucinação aquele mesmo processo que provocou o primeiro dele. A desproporção entre o sintoma histérico, persistente através de anos, e sua motivação, isolada e momentânea, é a mesma que estamos habituados a observar na neurose traumática. Com frequência, a causa dos fenômenos patológicos, mais ou menos graves, que o paciente apresenta, tem relação com algum fato ocorrido durante a infância.
Em alguns casos não é tão simples a conexão. Muitas vezes a relação entre a motivação e o fenômeno patológico existe apenas uma relação simbólica, semelhante à que o homem constitui no sono. Por exemplo, uma neuralgia pode vir após um sofrimento mental, ou