História das Mulheres
No texto a autora Mary Del Priore analisa a historiografia da mulher produzida na América Latina, Estados Unidos e Brasil, a partir de uma visão crítica. No primeiro momento ela descreve a história da mulher no contexto filosófico apresentando a primeira diferença de sexos que significava a dualidade e a alteridade entre homem e mulher expressando uma reflexão sobre a especificidade do objeto no campo da história tradicional paralela as codificações da sociedade masculina. No Brasil apesar das primeiras historiografias estarem restritas ao campo acadêmico contribui para a ampliação do objeto de estudo tendo como fator importante para essa ampliação a retomada da memória feminina através da história oral que invocou as subjetividades intrínsecas sobre as mulheres fazendo emergir as vozes do silêncio. Finaliza o texto falando de uma nova abordagem a partir da definição do conceito de gênero que seria a expressão de uma categoria analítica que dá forma a homens e mulheres de acordo com suas vivências e experiências históricas não de forma especifica. Estabelecendo suas contradições em diferentes épocas e tempos históricos.
No primeiro tópico “Homens e Mulheres, Uma Questão Complicada” a autora Mary Del Priore fala que a falta de referências bibliográficas relacionada à mulher deixava essa parte importantíssima da história fora do alcance do público em geral. As mulheres não se orgulhavam de si próprias, porque não tinham história, a mulher tornava-se mulher no decorrer da vida. Para se tornar mulher ela deveria passar por um processo complexo na construção histórica para assim determinar sua forma de comportamento diante do mundo e seu papel no meio social.
Durante muito tempo o campo de estudo do historiador esteve voltado exclusivamente para um sexo. Os homens exerciam o poder e resolviam seus conflitos enquanto as mulheres viviam totalmente avessas destes limites. Homem e mulheres só tinham espaço comum no meio