Hipercolesterolemia e fígado gordo

Alterações do metabolismo de lipídeos
A síndrome do fígado gorduroso ou a lipidose hepática se caracteriza pelo acúmulo de gordura sobre o fígado, formando uma camada na qual faz com que o mesmo tenha sua fisiologia prejudicada. Esse hepatopatia ocorre com mais frequência em animais da espécie felina. Dentre as causas para ocorrência da doença, citamos como principal, a permanência de mais de 10 dias de um quadro de anorexia, o que geralmente ocorre em animais que foram submetidos a algum tipo de estresse mais severo.
Essa gordura que se acumula tem origem no tecido periférico decorrente de um jejum prolongado, chegando ao fígado, essa deveria ser transportada para o resto do corpo como lipoproteínas, nos gatos, diferente dos cães, a taxa de metabolização e transporte é mais lenta do que a taxa de ingestão de gordura que chega ao fígado, isso cria um acúmulo de gordura em volta do mesmo que causará tumefação das células hepáticas preenchidas com depósitos de gorduras, entre outros processos.
Em cães de pequeno porte, um jejum maior que 32 horas leva a lipidose hepática microvesicular difusa, onde a inadequada glicogênese, leva a hipoglicemia, que dá início a uma cetogênese associada à hipoinsulemia e à hiperglucagonemia. Esse processo faz com que haja uma liberação maciça de ácidos graxos livres na circulação sanguínea devido a lipólise periférica acelerada.
Vários fatores podem concorrer para alterar a homeostasia lipídica do fígado e causar degeneração gorda do órgão: Superalimentação, tal como ocorre na degeneração gorda do fígado do ganso (para obtenção do “patê Du foel gras”); carência de fatores lipopróticos (colina, metiolina, inositol, β-propiotina, vitamina B12 e ácido fólico).
A carência da colina na dieta de diversos mamíferos, entre os quais o porco, o bezerro e o cão, ceva ao fígado gordo; intoxicações por tetracloreto de carbono, clorofórmio, fósforo, álcool etílico, toxinas bacterianas e outros agente. Além disso, degeneração gorda ocorre na