Hietoria

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Redes sociais, linguagem e disputas simbólicas Frequentemente ouvimos pseudo-especialistas e marketeiros utilizando jargões como inteligência coletiva e facilidade de publicação e compartilhamento com o intuito de simplificar os processos simbólicos e sociais que atravessam os sites de redes sociais. Esse senso comum que perpassa publicações jornalísticas, em matérias ao estilo "10 dicas de como usar o Twitter", por exemplo, desconsidera o papel do sujeito, os diferentes níveis de familiaridade com as ferramentas e com o próprio conhecimento das diferentes linguagens e atores sociais que perpassam as redes digitais.
É preciso, em primeiro lugar, questionar e problematizar de "qual internet" ou de qual rede social estamos falando, para não incorrermos no julgamento de "casos extremos" ou da linguagem relacionada a um determinado grupo social como o "dominante". Os espaços da internet são múltiplos e diversos, incluindo uma ampla variedade de atores sociais, subculturas, classes sociais e nichos que não estão nem um pouco desconectados do "mundo offline"; muito pelo contrário, se atravessam em processos e fluxos comunicacionais de contiguidade e de disputa simbólica.
Nancy Baym (2010) indica que um erro na análise da linguagem da internet e das culturas a ela relacionadas é compará-la à linguagem face a face. Essa comparação gera apenas um discurso estéril que coloca o fator presença como mais "autêntico" na habilidade de representar sentimentos e emoções, desconsiderando outros modos e habilidades comunicacionais, como, por exemplo, o compartilhamento de conteúdo multimidiático (músicas, textos, imagens etc) e o uso criativo de emoticons (sinais gráficos que representam expressões como sorrisos, irritação, afeto, entre outros).
A partir de um breve resgate da história dos usos e apropriações da internet, diversos autores, como Judith Donath e Nancy Baym, por exemplo, apontam que o caráter lúdico e transgressor da linguagem utilizado nas primeiras

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