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BAHIA

ESTADO DE BAHIA
I) CONSIDERAÇÕES GERAIS

No contexto da paisagem brasileira a Bahia é um estado bastante especial, por possuir ecossistemas diferentes entre si, climas variados e um patrimônio histórico e cultural muito rico. Em seu território existem belas praias, restingas, manguezais, florestas ombrófilas, deciduais e semi-deciduais, caatingas em vários estágios de sucessão, e ainda ambientes típicos de cerrado. De forma similar, apresenta uma ampla e diversificada produção agropecuária, destacando-se, até pouco tempo, como um dos maiores centros mundiais de produção de cacau.

No entanto, não se pode descrever a Bahia, apenas em relação à cacauicultura, desenvolvida no século passado, primordialmente, no litoral sul do estado. De fato, desde as lendárias explorações madeireiras - que culminaram com extinção, quase total, do pau-brasil (Caesalpinia echinata) -, passando pelos sucessivos ciclos econômicos, a Bahia se tornou uma impressionante mistura de práticas agropecuárias. Nesse sentido, a presença ou ausência de água teve papel preponderante na escolha dos investimentos, sejam eles rurais ou urbanos. No semi-árido, predominam a caprinocultura, os cultivos de sisal e de mandioca, bem como o extrativismo vegetal. Somente as regiões beneficiadas por projetos de irrigação da Codevasf ou da iniciativa privada, apresentam produção agrícola mais variada. Mais uma vez constata-se a importância vital da água como elemento capaz de alavancar o desenvolvimento. No caso da irrigação, vale registrar, não só a quantidade do recurso hídrico como a qualidade do mesmo, já que muitos projetos são inviabilizados por problemas de salinidade.

Para vencer esse desafio e a própria escassez das águas superficiais o estado da Bahia foi pioneiro na pesquisa para o aproveitamento das águas subterrâneas. Utilizando as sondagens iniciadas pela PETROBRÁS, nos anos 50, para a exploração do petróleo e gás natural, os técnicos baianos mapearam e