hermeneutica

1- A diferenciação entre a hermenêutica clássica e a hermenêutica no movimento do giro hermenêutico e giro linguístico encontra-se , principalmente, no enfoque dado a linguagem, pois na clássica, o ato de interpretação corresponderia ao desentranhamento de um sentido oculto no próprio texto. A compreensão da realidade não contribui para a realização da interpretação, vez que a verdade é aquela contida na lei. Já no movimento do giro hermenêutico é possível ampliar a visão do intérprete quando possibilita a evolução das respostas do Direito aos fatos da vida. A linguagem passa a ser vista como aquilo que possibilita a compreensão do indivíduo no mundo. A verdade agora é aquela construída pelos falantes no uso de razão que pode ser questionada e contraposta. Antes a relação era de sujeito/ objeto, e depois passou a ser sujeito/sujeito, necessariamente mediada pela linguagem.

2- O paradigma de racionalidade hermenêutica herdado pelo iluminismo não é utilizado mais, tendo em vista a precariedade do conhecimento. Hoje, a racionalidade hermenêutica corresponde em uma ampliação da atividade interpretativa.

3- Normas jurídicas são discursos heterológicos, decisórios, estruturalmente ambíguos, que instauram uma meta-complementariedade entre orador e ouvinte e que, tendo por quaestio um conflito decisório, o solucionam na medida em que lhe põem um fim. As regras sao como um padrão de comportamento, um guia da vida social, que se impõe seja aos cidadãos, e, ao menos em tese, em benefício deles próprios, pois que viabilizariam a vida em sociedade. Já os princípios são um conjunto de padrões de conduta presentes de forma explícita ou implícita no ordenamento jurídico. Os princípios, assim como as regras, são normas. A distinção entre esses dois elementos é objeto de dissenso entre os estudiosos do direito.
Em seu patamar atual, os princípios passaram a ser tratados como normas jurídicas, concepção segundo a qual os