HERMENEUTICA

HERMENEUTICA I
INTRODUÇÃO
Para os que não estão familiarizados com a leitura de textos filosóficos, talvez a palavra hermenêutica soja estranha. Trata-se de um modo de fazer filosofia desconhecido para muitas pessoas que atuam tanto em escolas, como em universidades.
Se, por um lado, a estranheza se explica pela escassez de literatura que explore as possibilidades da reflexão hermenêutica na educação, o que tornaria o juízo correto. Por outro lado, um leitor que já tivesse trilhado o caminho da hermenêutica, não desprezaria os fecundos resultados obtidos por esse tipo de reflexão, no campo educacional.
No meu livro, trato sobre a historia da hermenêutica e um pouco acerca dos Métodos Hermenêuticos de interpretação, que tem como objetivo central, atender o nosso interesse crescente sobre o problema da compreensão, no campo da cultura teológica, e das ciências humanas. Introdutoriamente, levanto a questão. Que é o homem? Podemos responder a esta pergunta em dois sentidos.
Em primeiro lugar diria que o homem não entende que as relações com Deus sejam relações fundamentais para evitar que a sua existência seja como borbulha (bolha) flutuando no ar.
Em segundo lugar, o homem tem consciência de sua temporalidade, eternidade, e perplexidade:
A temporalidade é o sentimento de adamidade (Adão = humanidade). Deus há posto no homem este sentimento intuitivo de um ser eterno. O homem tem este sentimento por causa do Imago Dei, (Imagem de Deus) posto nele.
E a perplexidade se traduz pelo fato de que o homem não consegue entender por si mesmo a obra que Deus fez desde o principio até ao fim.
O homem é uma consciência no mundo. Ele tem consciência de tempo, isto é: de princípio e de fim (donde, quando e até quando). Desta forma o homem nascido de mulher, padece de curiosidade pelo passado, e de inquietação pelo futuro. Seja o homem ateu ou crente, pode definir-se pela sua historicidade. Na encarnação do Verbo, Deus se historiou (fez parte da história)