Hermeneutica

Dando continuidade sobre a teoria de Herder que refere a doutrina da unidade de “fato” e de “valor” e da prática do “é” e do “deve ser”. Fica a mensagem que não existe compreensão do “fato”, sem que o interprete o compreenda valorativamente.
A respeito do homem, falam como sendo diferente, em virtude de possuir razão (não como sendo mais ou menos racional) e o definem em termos de propriedades selecionadas que um deve possuir inteiramente, ou carecer dela absoluto.
Isaia Berlin relaciona pelos menos três idéias centrais na doutrina de Herber:
A) Se os homens desejam empregar as faculdades, para atingir tudo o quanto podem atingir a ser necessitam pretencer a grupos de comunidades identificáveis;
B) A idéia de que a atividade espiritual do homem não consiste na criação de objetos, bens e artefatos, cujo valor reside neles mesmos e independem de seus criadores, valiosa atividade humana é a atividade criativa do home, que não deve ser confundida com a produção de objetos de lazer ou instrução, nem como adiantamentos ou melhoramentos do mundo e da natureza externa, mas como vozes falantes, como expressões de visões individuais da vida, que também não devem ser compreendidas através de análise racional, mas apenas através do que Herder chama de EINFUHLEN – empatia - , isto é, não as prendas de um juiz, um compilador ou um anatomista, e sim através de um artista dotado de discernimento histórico e imaginação.
C) Sustentava Herder que toda corte, toda escola, toda profissão, toda seita “tem sua própria linguagem” que somente pode ser compreendida “pela paixão de um amante, um amigo, um intimo”.
Ainda salientava Herder, a combinação da sabedoria histórica com a sensibilidade responsiva e imaginativa pode encontrar o caminho que leva à vida interna e à visão de mundo, valores e modelos de vida dos indivíduos ou grupos ou de uma civilização completa.
Assim, torna-se casual citar a teoria de Arthur Kaufmann, que diz que o direito não é uma coisa, como o pensamento