Hereditariedade

Hereditariedade
Hereditariedade, estudo de todas as características de um organismo que estão determinadas por certos elementos biologicamente activos que procedem de seus progenitores. Embora o estudo científico e experimental da hereditariedade, a genética, tenha se desenvolvido no início do século XX, as teorias sobre este campo datam da Grécia antiga.
A redescoberta, em 1900, dos escritos de Gregor Mendel do ano de 1866 sobre os padrões de hereditariedade nas ervilhas promoveu uma abordagem importante do problema da hereditariedade (ver Leis de Mendel).
Uma das conquistas mais importantes para o desenvolvimento dos estudos sobre a hereditariedade em geral, e os princípios mendelianos em particular, foi a separação entre genótipo e fenótipo, estabelecida pelo botânico dinamarquês Wilhelm Johannsen em 1911. O genótipo refere-se aos genes que o organismo possui e é capaz de transmitir à geração seguinte. O fenótipo refere-se à aparência (em termos de caracteres) que mostra um organismo. A importância desta distinção está no fato de que a única forma de determinar o genótipo é através de experiências de reprodução, não simplesmente através do exame do fenótipo de um organismo.
Depois de vários anos de experiências com Drosophila melanogaster, Thomas Hunt Morgan ajudou a estabelecer a teoria cromossômica da hereditariedade. O grupo de Morgan propôs que os fatores mendelianos se disporiam de forma linear sobre os cromossomos, definindo deste modo a realidade física dos genes como partículas distintas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o estudo da hereditariedade alcançou um alto grau de desenvolvimento. Nas décadas de 1940 e 50, confirmou-se que os ácidos nucléicos são as substâncias principais da hereditariedade. Os biólogos começaram a se aprofundar acerca da natureza própria do gene; estabeleceram que cada gene é constituído por um segmento de ácido nucléico com a capacidade de codificar uma proteína específica. O conjunto formado por um ácido nucléico e um