Herança discursiva: a perpetuação no discurso infantil

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Herança discursiva: a perpetuação no discurso infantil

Resumo: quem nunca, ao se deparar com uma criancinha, utilizou-se de uma linguagem infantil e timbre mais agudo? Utilizou se de gestos carinhosos para contar algo aos pequenos? O que pode se observar dessas atitudes em relação à interação social da criança, quanto à linguagem? Este artigo aborda a perpetuação do discurso adulto no discurso infantil, tendo como base um discurso gravado de uma menina de aproximadamente dois anos de idade em dialogo com o pai. A partir desse discurso levantamos elementos que apoiam os conceitos de herança e perpetuação do discurso.

PALAVRAS-CHAVE: Herança linguística, interação social, inatismo e ideologia.

1. Introdução
O objetivo deste trabalho é oferecer elementos para a discussão da analise das influências da interação entre adultos e crianças dentro do grupo familiar. Para auxiliar na analise dos dados levantados, nos utilizaremos das teorias de grandes linguistas e filósofos como Saussure, Chomsky, Brandão e Foucault.
2. Interação social: a chave para a herança linguística
Aos que dedicam se a estudar a linguagem, sempre ouviu se falar sobre duas corretes teóricas que definem a “origem” de uma língua: o Inatismo e a Interação Social. As primeiras discussões entre essas duas teorias começaram com os filósofos gregos sobre natureza e convenção. Quando se dizia que algo era natural, seria o mesmo que dizer que sua origem se baseia nos princípios eternos e inalterados fora do homem, sendo assim, era inviolável. E quando se dizia que era convenção social, equivalia a dizer que era o mero resultado do costume e da tradição, ou seja, algum acordo social que, por ter sido feito pelos homens podia ser ‘violado’.
A primeira hipótese é defendida pelo linguista Chomsky, ele afirma que assim como os pássaros já nascem com o ‘instinto’ para voar os seres humanos também nascem programados biologicamente para falar, sendo assim, a linguagem se desenvolve

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