Hepatite C

1. INTRODUÇÃO
A hepatite C é um vírus que pertence ao gênero Hepacivirus proveniente da família Flaviridae e é constituído por uma fita simples de RNA, com polaridade positiva e que tem 9,6 kilobases de comprimento como exposto na figura 2. As estruturas do vírus se diferem na poliproteína que é composta por uma fase de leitura aberta. As estruturas do vírus se diferenciam em: core, E1 e E2 ainda as não estruturais que são classificadas como NS indo de 1 à 5, sendo essas responsáveis pela replicação viral no organismo. As proteínas estruturais do HCV são derivadas do segmento N-terminal da poliproteína, formando a proteína do capsídeo e também as proteínas E1 e E2 que fazem parte do envoltório viral. Já as proteínas não-estruturais (NS) ocupam o restante do genoma, levando-se em consideração que as proteínas NS2 e NS3 são responsáveis pela clivagem das proteínas não estruturais, onde a NS3 possui uma atividade helicase que cumpre um papel muito importante na replicação do HCV (BOPHALE; NANDA, 2004).
O RNA Viral do HCV apresenta um grau muito grande de heterogeneidade devido a mutações por erros de leitura da polimerase durante a fase de replicação do vírus (LAVILLETE et al., 2005). Essas variabilidades do HCV ocorrem pela velocidade de alterações em sua sequencia codificada e também da seleção natural que sofre (SIMMONDS, 2004). Essa proporção de modificações durante a infecção é variável de acordo com as regiões do genoma do HCV, havendo graus mais altos de mutação nos genes E1 e E2. Há também um alto grau de mutação na região hipervariável 1 (HVR1), que é localizada na região central da proteína E2 (BUKH et al., 1995). É considerado um vírus pequeno medindo de 30 à 80 ƞm de diâmetro aproximadamente. Apesar de ser transmitido pelo contato direto, por via parenteral ou até mesmo através do contato com sangue contaminado, é importante lembrar que na maioria dos casos não há identificação da via de infecção do vírus (LARA et al., 2009). Existe uma