Henrry Muray

1005 palavras 5 páginas
1. TEORIAS GERAIS DA MOTIVAÇÃO
Murray10 reporta-se a um bom número de diferentes concepções do termo "motivação", as quais comumente se confundem entre si:
Primeiramente, estão as teorias cognitivas que se fundamentam na racionalidade do homem e no uso que este faz de sua "vontade" para atingir seus desejos e objetivos conscientes. Estas teorias originam-se com os primeiros filósofos gregos. Eles apresentam uma abordagem que atualmente reúne escassa relevância devido a duas razões: não explicam a fonte dos desejos do homem nem consideram seus motivos inconscientes.
Em segundo lugar, Murray reporta-se às teorias instintivas da motivação, as quais emanam da teoria evolutiva de Darwin. A noção darwiniana dos instintos foi incorporada às explicações sobre o comportamento pelos técnicos da psicologia, apontando-se entre os mais influentes Freud e McDougall. Um instinto, segundo McDougall é uma "disposição psicofísica hereditária ou inata que determina que seu possuidor perceba ou tenha a atenção voltada para objetos de uma certa classe, que experimente uma excitação emocional de certo tipo ao percebê-lo e que atue de uma forma particular a respeito do mesmo".
Ainda que as teorias instintivas sejam relevantes, seus defensores não parecem ser numerosos. Um fator que determina esta falta de apoio tem sido o sempre crescente número de instintos necessários para explicar a conduta das pessoas. Murray cita que o número indicado por vários autores a este respeito havia superado a casa dos 6 000 no ano de 1920.
Na realidade, a maior parte da ênfase atual na teoria motivacional se deve ao crescimento de outros enfoques teóricos. São eles as teorias do acionamento e as teorias hedonisticas. Segundo Atkinson,11 apesar do grande número de teorias motivacionais existentes, só estas duas já estão suficientemente desenvolvidas para serem de utilidade.
O acionamento, conceito principal na primeira destas teorias, é uma tendência que aproxima ou distancia o indivíduo de objetivos

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