henrique

A peça teatral trata-se de dois irmãos que guerreiam entre si pelo reinado de Tebas, este que foi deixado de herança pelo pai Édipo. Na historia os dois irmãos morrem, mas apenas um deles, Éteocles, tem o direito de ser sepultado com as devidas honras, e o outro, Polinices, será jogado no deserto por ter traído sua nação. O atual rei, que era tio de ambos fala que quem sepultar Polinices, receberá pena de morte.
Antígona, irmã dos irmãos e sobrinha do rei, nega-se a seguir aquela lei, e sepulta Polinices, e logo após suicida-se; em resumo, o filho do atual rei, que era noivo de Antígona e sua mãe cometem também ambos o suicídio.
A questão que nos é perpetrada é a seguinte: “Qual o limite do Estado nos valores, éticos, morais, religiosos, e etc. de um individuo?”. Será que o Estado tem domínio para dizer se a família tem ou não o direito de fazer um sepultamento? Se o mesmo pertence à esfera da religião.
Antígona ao enterrar o irmão, estava cumprindo a lei divina ou lei natural, que prescreve um sepultamento digno a pessoa, mas, ao cumprir essa “lei divina”, Antígona descumpre a lei imposta pelo Estado (representado pelo rei e tio Creonte) que era um governo monárquico, que tem o oficio de coordenar e administrar a nação, visando o bem comum e a harmonia social.
Esse Estado que tem raiz familiar ou patriarcal, deveria priorizar a família e costumes, sobretudo por ser um estado consuetudinário, ou seja, fundamentado em costumes.
O Estado tem a função de agenciar o bem comum ou o bem da maioria. Neste episódio em especifico o bem comum seria o de fazer um funeral digno para o irmão de Antígona. A lei que Creonte (Estado) criou é uma lei absurda, pois mesmo que ele (Polinices) fosse um traidor, a lei ia contra a tradição de Tebas, que era de sepultar os mortos; outra função do Estado é segundo pensadores é o de promover o bem-estar, Creonte ao cunhar pena de morte a quem sepulta-se Polinices, evade-se desta função, pois não promove o bem-estar da família e nem da