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O Integralismo

O Integralismo originou-se em Portugal, sendo inicialmente uma reação ao anticlericalismo da 1ª República portuguesa implantada em 1910. O municipalismo e o sindicalismo de inspiração católica constituem a matriz. A ideologia defende a proteção dos valores nacionais (ex: passado histórico, tradição, cultura, costumes, religião), e a cooperação das diferentes classes sociais para atingir a harmonia e a união social. Actualmente engloba pessoas de quase todas as religiões.
O Integralismo, no caso lusitano, defendeu a monarquia, a liberdade sindical e corporativa, e a livre competição entre grupos econômicos e empresas. A doutrina económica não era porém liberal, defendendo antes o organicismo e o municipalismo. O integralismo opôs-se à luta de classes e às greves, sendo também contrário aos sindicatos estatais como os da Itália fascista da década de 1930. Como forma de resolver os conflitos laborais, defendia o recurso aos Tribunais de Trabalho.
Em Portugal, os críticos e adversários, como Raúl Proença e Carlos Ferrão, associaram as ideias integralistas às da "Acção Francesa" de Charles Maurras. As idéias maurrasianas influenciaram muitos políticos na época, como por exemplo António de Oliveira Salazar, fundador do Estado Novo. Os integralistas lusos demarcaram-se do maurrasianismo[1] e do Salazarismo, a quem combateram, sofrendo alguns deles a deportação (Hipólito Raposo) e a prisão (idem, Francisco Rolão Preto)[2] .

O Integralismo no Brasil

Nos anos 30, surgiu também um Integralismo Brasileiro. Este era inspirado no fascismo. Algumas diferenças entre Portugal e o Brasil - na América do Sul não colocaram a questão do regime, monárquico ou republicano - o Integralismo sul-americano foi também predominantemente inspirado pela Doutrina Social da Igreja Católica, em especial no caso de Plínio Salgado, portanto muito contrário ao estatismo modernista do fascismo. No Brasil, o integralismo teve forte influência durante o longo período em que

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